Agora já a podem ler toda.
Certo dia na Primavera, uma esferográfica e um lápis ganharam vida.
A esferográfica era fina, comprida como uma serpente, verde como a relva do Sporting e ilustrada com emblemas.
O lápis era grosso, como os troncos de uma árvore, da cor do armário da sala de aula, com um bico bem aguçado e com uma magnífica borracha.
- Ui! Está tão escuro!? - diz a esferográfica.
- Não tenhas medo. Porque eu vou procurar a luz. - diz o lápis.
Quando tentava descobrir a luz.
Puuuuuum!! Tropeçou num carrinho do menino Vasco.
O menino Vasco era muito desarrumado, tinha brinquedos, roupa, calçado e caixas de bolachas junto ao computador.
O lápis não sabia na trapalhada e engraçada aventura que ia meter-se…
O lápis levantou-se e disse:
- Que grande trapalhada!
Olhou para a frente e viu uma luz ao longe. A luz era pequena como um berlinde, amarela como o sol e tinha a forma de uma estrela.
O lápis decidiu aproximar-se para investigar aquela luz misteriosa.
Entretanto a esferográfica estava preocupada, porque o lápis não trazia a luz. Mas ela ficaria mais preocupada se soubesse quem tinha aparecido de repente ao lápis…
O lápis encontrou um porquinho mealheiro que brilhava, era tanta a luz que saía de lá de dentro!
O lápis resolveu partir o mealheiro para ter a luz.
De repente uma quantidade de moedas redondinhas a brilhar espalharam-se pelo corredor da casa. Era engraçado ver o lápis atrás das moedas. Quanto mais corria, mais elas fugiam.
Pum! Ai! O lápis bateu contra uma mesa que tinha uma jarra e … A jarra caiu e partiu-se em mil bocados, o eco do barulho percorreu a casa.
O Vasco que dormia acordou sobressaltado e com medo.
“Mas o que aconteceu?!!” pensou o Vasco.
Algo estava a acontecer no corredor, levantou-se e apanhou a esferográfica que estava ao pé da cama.
Mas onde estava o lápis?!
O Vasco dirigiu-se lentamente para o corredor. Nas mãos levava a caneta como uma espada para se proteger de quem tivesse feito aquele barulho. Abriu a porta, espreitou e viu uma jarra partida em mil bocadinhos, moedas brilhantes espalhadas pelo chão mas não viu o lápis.
Mas o lápis estava mesmo à frente dos seus pés. Quando a jarra se partiu, o lápis agarrou uma moeda brilhante e ficou invisível.
O lápis estava muito aflito e disse a si próprio para se acalmar. Foi então que aí teve uma ideia e escreveu no chão:
“Socorro, socorro sou o lápis e estou invisível”.
O Vasco leu a frase, percebeu o que tinha acontecido e descobriu logo a solução para o problema.
O Vasco resolveu pegar numa folha de papel branco e embrulhar o lápis. Logo, logo o lápis ficou visível. Fantástico!
“Ufa! Estou salvo. O Vasco é um génio - pensou o lápis.”
O Vasco recolheu as moedas brilhantes e levou-as para o quarto. Não fosse os pais acordarem com a luz.
No dia seguinte o Vasco acordou e pensou:
“Será que sonhei ou o meu lápis foi passear?”
Olhou para a secretária e lá estava ele.
Pegou no lápis e na esferográfica e começou a ilustrar a sua história.
Nuno Santos e Rui Castro, EB123 de Gondifelos.
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